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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Copa 2014: rapinagem política e governos incompetentes atrasam Cuiabá há décadas
(30abr2012)

Campo Grande já fez bem mais do que Cuiabá fará até a Copa

Vista aérea da cidade

Por Rodrigo Vargas | Diário de Cuiabá | No Mídia News

Três anos depois de perder para Cuiabá a indicação para sede pantaneira da Copa de 2014, a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, cumpriu a maior parte das exigências de infraestrutura que haviam sido prometidas à Fifa antes da decisão.

No período, a cidade abriu mais de 100 quilômetros de novas vias, inaugurou sua nova rodoviária, concluiu o PAC 1, habilitou-se para o PAC 2, inaugurou um hospital de traumas, levou asfalto a 99% das linhas de ônibus e recuperou áreas de valor histórico.

Na semana passada, o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) assinou em Brasília o convênio para o PAC 2 da Mobilidade Urbana: R$ 180 milhões para a implantação de 58,7 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus (o BRT).

“Tudo o que nós prometemos para a Fifa, e que competia ao município, vamos deixar pronto até 2014. Só não fizemos a reforma do estádio porque obviamente não havia necessidade”, relata João Antônio de Marco, secretário de Infraestrutura, Transportes e Habitação.

Em novembro passado, a cidade concluiu a última das quatro obras do PAC 1 (R$ 140 milhões), que incluiu investimentos em drenagem, pontes, pavimentação e implantação de ciclovias e dois parques lineares – acompanhando as margens dos córregos.

Enquanto em Cuiabá as obras do PAC 1 foram embargadas na Operação Pacenas, que prendeu inúmeras pessoas acusadas de corrupção, Campo Grande já se habilitou a buscar o PAC 2, que prevê investimentos de R$ 160 milhões para, entre outras obras, manejo de águas pluviais – um problema recorrente na capital sul-mato-grossense. “O horizonte para conclusão é de dois anos”, diz.

Entre as obras viárias concluídas desde 2009, uma delas chama diretamente a atenção de quem chega à cidade pelo aeroporto.

O acesso ao centro da cidade, antes realizado por uma via estreita e sinuosa, foi substituído por uma avenida duplicada, com três faixas de rolagem e uma ciclovia de quatro quilômetros.

Mais adiante, ao longo do traçado da antiga linha ferroviária, foi inaugurada no final de 2010 a Orla Morena, um parque linear com ciclovias, pista para caminhada e aparelhos de ginástica que se estende por 2,5 quilômetros.

Na Afonso Pena, a principal avenida da cidade, o governo do Estado bancou o recapeamento integral das duas pistas, além de sinalização e novos semáforos. O aspecto é o de uma via recém-inaugurada.

No parque das Nações Indígenas, tapumes cobrem a construção do Aquário do Pantanal, obra de R$ 84 milhões e 18 mil metros quadrados, projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake.

Segundo o governo local, será o maior aquário de água doce do mundo, com mais de 260 espécies. O último levantamento do Tribunal de Contas, realizado no começo deste mês, apontou que 37% do cronograma físico da obra já foi cumprido.

Em toda a cidade, placas indicam a chegada de novos investimentos federais. O caminho, segundo De Marco, consistiu em apresentar “projetos consistentes”. “Tudo o que prometemos para a Fifa já estava em projetos prontos, não eram apenas desenhos de arquitetura”, relata.

Para o secretário, o volume de recursos obtido por Campo Grande desde 2009 mostra que ser sede da Copa do Mundo não é o único caminho para obter melhorias em infraestrutura.

“Não tiro a grandeza do evento e nem minimizo a oportunidade que Cuiabá vai ter em sediar uma Copa. Isso é algo único na história e não se repete mais. Agora, o fato é que não precisa ter Copa para você dotar a cidade da infraestrutura desejada”.

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