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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A mulherada do céu que se cuide: Wando chegou! (10fev2012)

Por que as mulheres amavam o Wando?

Do Blog do Rafael Castilho


Na adolescência, as mulheres podem até gostar do Justin Bieber, do Back Street Boys, do New Kids on the Block ou do Menudo.

Mas depois de um tempo elas percebem que gostam mesmo é do Wando.

As mulheres novinhas adoram o Kaká. Porque ele é muito lindinho.

Mas com o tempo, percebem como ele é insosso. As meninas gostavam do príncipe educado e delicado, mas depois entendem que este papo de religião e virgindade é uma furada e decidem que, certamente, o Kaká não deve saber fazer um bom sexo oral na sua esposa pastora. E se fizer, deve ser por meio de concessão divina e acompanhado de muito chantilly pra não sentir o gosto do pecado.

Putz, o Wando morre e sobra para o Kaká. Coitado.

Mas o que eu quero dizer, é que com o tempo, as mulheres deixam de se interessar pelo Kaká e passam a ter sonhos eróticos ocultos e inesperados pelo zagueiro do Bangu.

Ou pelo Wando.

Quantas meninas não sonhavam com o Leonardo Dicaprio no Titanic?

Hoje, elas sonham em ser abduzidas por algum alienígena mascarado. Levadas para a casa do Denzel Washington.  Serem seqüestradas pelo George Clooney.

Ou pelo Wando.

O Wando não precisava de intermediários para compor suas canções. Elas eram muito sinceras.

Não eram peças de marketing que obrigatoriamente tinham que rimar com “tira o pé do chão”.

O Wando era puro. Oferecia pêssego em caldas na boca da mulherada.

O Cowboy só quer zuar e beber.

O Wando era confiante. Sabia que a sua canção (ou sua cantada) inevitavelmente lhe traria o seu amor. Ou ao menos ela entregaria sua calcinha de presente.

Os sertanejos são inseguros, nunca entendem porque foram deixados e gritam mais três ou quatro agudos estridentes pra todo mundo ouvir.

O Wando podia não ser bonito. Mas ele também não se achava mais bonito que nenhuma mulher.

E quem disse que mulher só gosta de homem bonito?

Uma mulher não quer jamais que um homem se sinta mais gostoso do que ela nem por um minuto.

E o Wando era assim. Livre da estética narcisista. Cantava como se falasse besteirinhas bem no ouvidinho das mulheres. Do jeito que elas gostam.

Claro que um montão delas chegou a dizer: “credo, sai daqui seu ridículo”!

Mas depois, deitando sozinhas na cama e olhando para o teto, desejaram um Wando ali ao seu lado com fogo e paixão.

Esta é a maravilha do cancioneiro acusado de brega.

Não precisa de intermediários. É sincero. Sem o pudor do ridículo. O compositor fala aquilo que lhe faz sentido. É arte pura. Sem os modismos e as engrenagens da indústria cultural, sempre a fim de organizar uma linha de montagem para empacotar e vender.

Viva o Wando!

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