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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Zeitgeist, o Filme vai fundo nas estruturas de nossas crenças sobre o que seja o "mundo real" (24ago2011)

Sobre todas as coisas (Edu Lobo / Chico Buarque)
Gilberto Gil


Zeitgeist, o Filme (Zeitgeist, the Movie, no original) é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, aborda temas como Cristianismo, ataques de 11 de setembro e o Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve). Ele foi lançado online livremente via Google Video em Junho de 2007. Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.

O filme é estruturado em três seções:
Primeira parte: "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história já contada")

Segunda parte: "All The World's A Stage" ("O mundo inteiro é um palco")

Terceira parte: "Don't Mind The Men Behind The Curtain" ("Não se importem com os homens atrás da cortina")

A primeira parte do filme é uma avaliação crítica da religião, com principal incidência no cristianismo, se utilizando de argumentos do livro "The Christ Conspiracy, The Greatest Story Ever Sold" (A Conspiração Cristo, A Maior História Já Vendida) da autora teosofista Acharya S,[5] sendo que é a própria autora defende sua teoria no Guia Oficial do filme, disponível no site oficial.

O filme afirma que Jesus é um mito astrológico, e que a Bíblia se trata de uma miscelânea de histórias baseadas em princípios astrológicos pertencentes a civilizações antigas (Egito especialmente). Um argumento semelhante é apresentado pelo escritor Fernando Vallejo no livro La puta de Babilonia, e diversos outros autores teosofistas e gnósticos. A atenção do filme se foca inicialmente no movimento do Sol e das estrelas, fato este que é uma das características das religiões "pagãs" pré-cristãs. É então apresentada uma série de semelhanças entre a história de Jesus e a de Hórus, o "deus Sol" egípcio. Há referência sobre o papel de Constantino na formação da Igreja e seus dogmas.

As comparações mostradas no filme sugerem que a história de Jesus foi baseada em várias outras histórias de deuses mais antigos, principalmente, Hórus. Críticas foram proclamadas contra essas afirmações, e se criaram até ministérios especializados no assunto Mito de Jesus.

A segunda parte do filme foca-se nos ataques de 11 de setembro de 2001. O filme sugere que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada pelo próprio governo norte-americano. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente embaralhada no dia dos ataques com exercícios simulados em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões sequestrados, justamente na mesma área dos reais ataques; mostra dezenas de testemunhas e reportagens que sugerem que as torres ruíram não por causa dos aviões, mas por explosões internas e sabotagens; demonstra as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden, parceiros comerciais de longa data, entre outras teorias intrigantes e alarmantes acerca da política mundial atual.

A terceira parte do filme focaliza-se no sistema bancário mundial, que supostamente tem estado nas mãos de uma elite que detém o verdadeiro poder sobre todos os países a eles associados, e na sua conspiração para obter um domínio mundial total eles tem modelado toda a mídia e cometido diversos crimes, muitos deles encenações para fins ocultos. O filme denuncia que o Banco Central dos Estados Unidos da América foi criado para roubar a riqueza dos Estados Unidos e também demonstra, como exemplo, o lucro que foi obtido pelos bancos durante a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã, Invasão do Iraque, Guerra do Afeganistão, e a hipotética futura invasão à Venezuela para obtenção de petróleo e comércio de armamento. O filme descreve a conspiração destes banqueiros, argumentando que o objetivo deles é o controle sobre toda a Humanidade através da implantação de um chip localizador e identificador RFID através do qual todas as operações e interações humanas serão realizadas, escravizando por fim a humanidade. Estão secretamente criando um governo unificado, com exército unificado, moeda unificada MONDEX, e poder unificado NWO, e que servirá apenas aos interesses dessa elite. Segundo o filme, o aspecto mais impressionante disso tudo é que tais mudanças serão não só aceitas, como pedidas pelo próprio povo naturalmente, pois está sendo manipulado pela mídia, principalmente através de programas de entretenimento da TV que distraem a população dos assuntos importantes e pertence à elite global.



Acabo de assistir ao filme, na íntegra, e estou impressionado com a quantidade de informações e com o quanto me identifico com uma série de aspectos ali expostos.

Desde a questão religiosa, com a forma como somos manipulados em nossas necessidades de suporte e nossas incertezas e medos. Não vou tão longe a ponto de desacreditar na existência de um Critso, mas não necessáriamente o Critos é esse que a Igreja construiu, e que ela utilizou para tantas atrocidades sob o manto do "cristianismo".

Já as questões referentes à implantação do medo e da sensação de insegurança generalizados são totalmente coerentes com o que vejo nos diversos meios, sejam da mídia da informação, sejam dos "entretenimentos" que estão sendo disponibilizados a todos, parecendo aqueles brinquedos hipnotizadores.

Mas não é uma mera brincadeira de hipnotizar. É um jogo vital, onde sempre se aponta o olhar do home comum para o "outro lado", deixando que os grandes agentes dos projetos imperialistas, o sistema bancário / financeiro mundial articulam tudo o que se necessita para a conquista das vontades, das crenças, e, por fim, do domínio dos dos menores movimentos de cada indivíduo. Cada homem pode, em pouco tempo, ser um número, um ponto no complexo mapa-mundi. Basta um simples chip que, induzidos pelo medo e em busca de segurança, todo mundo estará convencido a receber em seus corpos.

E eu acabo lembrando daquela história bíblica do anticristo, em que se afirma que cada homem receberá um número, e que esses estarão sob o domínio do anticristo.

Por isso cabe a cada um de nós buscar a retomada de sua confiança em que pode mudar o rumo das coisas, agindo ao contrário do que deseja o sistema. A persistência do desejo de ser cidadão, informado, educado e consciente é fundamental como precaução a essas aberrações. Talvez o anticristo seja um Banco Central Mundial, com um governo mundial único com controle absoluto sobre todos os passos de cada indivíduo. O Big Brother já não se situa num espaço tão ficcional.

O capital e os bancos centrais americano e europeu seriam a semente do Big Brother?

O filme não faz pregação religiosa ou anti-religiosa.

O filme pretende abrir nossos olhos para a alteridade, para ver de forma diferente aquilo que achamos que estamos cansados de conhecer. Às vezes a verdade está tão escancarada que não ganha contornos de ser uma possibilidade. O intenso bombardeio mântrico midiático e toda uma parafernália de entretenimento levam à audição dos mantras como verdades, sem questionamentos ou reflexões, porque o tempo para isso está ocupado com "estar por dentro", com o "estado da arte".

Deixa-se a função essencial do homem, que o faz homem, ou seja, o filosofar, raciocinar, argumentar, questionar etc. para se tentar estar "atualizado" com os brinquedos eletrônicos, com os incontáveis papers que jorram das gráficas continuamente. E a vida real fica de lado. Os afetos ficam de lado. O individualismo toma conta de nossas ações. A fraternidade, a cooperação e o afeto vão sendo vinculados a fraqueza, incompetência, atraso.

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