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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O gene humano BRCA-2 agora é propriedade privada nos EUA (5ago2011)

Publicado no Tijolaço em 3 de agosto de 2011.

Patente de genes, o cúmulo do capitalismo

Não vi na grande imprensa e acho que é uma notícia de extrema relevância, tanto pelo assunto específico quanto pelo precedente que cria o fato de um tribunal americano ter legalizado o depósito de uma patente sobre genes humanos.

Foi no estado de Utah, quando um tribunal decidiu que a empresa Myriad, ligada a farmacêutica Lilly, tinha o direito de patente sobre os genes BRCA1 e BRCA2, que têm forte relação com os casos de cânceres de ovário e mama. Estima-se que 10% dos casos das doenças em mulheres idosas estejam associados à presença destes genes.

O depósito de patentes foi questionado pela Associação Nacional para a Defesa dos Direitos Civis dos EUA, que alegou que se tratava de dar a empresa o direito exclusivo de pesquisa sobre uma questão de saúde da mulher.

Segundo a France-Presse, a Associação diz que, com a decisão judicial, a Myriad-Lilly detém “o direito exclusivo de realizar testes com os genes BRCA1 e BRCA2, e pode impedir que qualquer pesquisador sequer olhe para os genes sem primeiramente conseguir uma permissão”

É uma decisão inimaginável: privatizar o acesso de pesquisadores a genes humanos. E algo que o Brasil, de imediato, deve recusar acatamento. Privatização genética, não, tenham paciência.

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