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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sábado, 25 de junho de 2011

Jovelina das Cruzes: 68 anos, cristã, evangélica e não homofóbica (25jun2011)

Texto de Gerson Carneiro postado em 24 de junho pelo blog Maria Frô (Conceição Oliveira) sobre a Marcha para Jesus realizada em 23 de junho:

Jovelina das Cruzes na Batalha de Jericó

Uma certeza e uma dúvida pousavam minha mente sobre a Marcha para Jesus realizada nesta quinta-feira, 23/06/2011.

- em meio à multidão de cerca de 1,5 milhão, segundo a PM, e de 5 milhões, segundo a organização do evento, haveria de ter ao menos uma família em cujo seio familiar exista um homossexual, e que pode até ser a família de algum pastor.

- como famílias evangélicas, seguidoras dos líderes contrários à união homo afetiva, lidam com seus parentes homossexuais?

Muito embora a certeza e a dúvida estivessem intimamente satisfeitas, ao me deparar com o artigo “Marcha para Jesus vira ato contra união homoafetiva” do Ricardo Galhardo, no portal iG, pude confirmar através da intervenção de uma senhora evangélica de 68 anos o que para mim já estava esclarecido.

A intervenção rápida de dona Jovelina das Cruzes em uma reportagem desfez por completo o discurso de mais de dez minutos do pastor Silas Malafaia. Discurso este com ares até de ódio em determinados momentos, que transformou, o que era para ser, a pregação da tolerância, em pregação da intolerância.

As poucas palavras da senhora Jovelina das Cruzes desmoronou a fortaleza dos altos e largos muros da intolerância do pastor Silas Malafaia e da multidão que o aplaudia.

“Vocês estão falando sobre o que não conhecem. Meu sobrinho é gay e é um rapaz maravilhoso. Ótimo filho, muito educado, muito honesto e estudioso. Já o meu filho é machão e vive batendo na esposa, não respeita ninguém, não para no emprego.”

“Cuidado, tia. Se o pastor escuta a senhora falando uma coisa dessas ele não deixa mais a senhora entrar na igreja”. Replicou o jovem que estava sendo entrevistado. O que contradiz a afirmação do pastor Silas Malafaia de que “ama os homossexuais” e afirma minha convicção quanto à possível frequência de um homossexual em um culto evangélico.

A mulher de 68 anos venceu o pastor e a multidão.

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